Estudante de 13 anos cega é medalha de ouro nas Olimpíadas de Matemática
Professores ensinam matemática com técnicas de origami
Por que somos tão ruins em matemática?
Estudantes brasileiros vão participar da Olimpíada Internacional de Matemática, em Amsterdã.
MEC distribui livro com erro de matemática a 37 mil escolas
DE BRASÍLIA
Crianças têm dificuldade com matemática durante divórcio
Ruim de matemática? Você pode ter discalculia
A discalculia é considerada o equivalente da dislexia quando se trata de pessoas que têm dificuldade fora do comum em aprender matemática. Enquanto os disléxicos tem problemas com a leitura e a escrita, aqueles que sofrem de discalculia não conseguem resolver problemas simples de aritmética e até mesmo entender o conceito de numeral. Este distúrbio afeta entre 5 e 7% da população.
Tanto as crianças e os adultos que apresentam o problema têm dificuldade em entender o valor relativo aos números e suas diferentes grandezas, e acabam tendo notas muito baixas em provas. “Geralmente, eles não trocam a ordem dos números quando leem, como os disléxicos, mas qualquer coisa que se relacione a numerais causa ansiedade e até pânico”, disse o autor do estudo e professor de neurociência, Brian Butterworth, da University College London.
Por exemplo, se fosse mostrada duas cartas de baralho numeradas, uma com um 5 e outra com um 8, para uma pessoa com discalculia e ela fosse indagada qual número é maior, elas teriam que contar quantos símbolos aparecem em cada carta antes de responder. Se fosse pedido que elas contassem, regressivamente, de 10 a 1, a pessoa contaria de 1 a 10, depois de 1 a 9, depois de 1 a 8, e assim por diante (e provavelmente teriam que usar os dedos, independente da idade).
Lidar com dinheiro, então, é um grande desafio. As pessoas com discalculia também não conseguem estimar o tamanho de um quarto, ou entender o conceito de horas para estimar quanto tempo uma viagem duraria. De acordo com os pesquisadores, o distúrbio aparenta ser genético e algumas mudanças no cérebro podem ser responsáveis pela causa. “Contudo, é importante que essas pessoas saibam que esta dificuldade não significa que elas são burras”, disse Butterworth. Mas, se não for diagnosticada de maneira correta, pode trazer muitos traumas.
Butterworth diz que seu trabalho serviu para chamar atenção ao problema e desenvolver métodos especiais de ensino para fortalecer o processamento de números pela pessoa, usando materiais concretos como contas ou blocos, ou ainda softwares de computador. “O importante é não avançar para conceitos mais complexos enquanto o básico não estiver bem fixado”
7 erros do professor em sala de aula
Camila Monroe (camila.monroe@abril.com.br)
1. Utilizar o tempo de aula para corrigir provas
O problema Deixar a turma sem fazer nada ao corrigir exames ou propor que os alunos confiram as avaliações.
A solução Nesse caso, o antídoto é evitar a ação. Corrigir provas é tarefa do educador, para que ele possa aferir os pontos em que cada um precisa avançar. E o momento certo para isso é na hora-atividade.
2. Exigir que todos falem na socialização
O problema Durante um debate, pedir que todos os estudantes se manifestem, gerando desinteresse e opiniões repetitivas.
A solução O ideal é fazer perguntas como "Alguém tem opinião diferente?" e "E você? Quer acrescentar algo?". Assim, as falas não coincidem e os alunos são incentivados a ouvir e a refletir.
3. Não desafiar alunos adiantados
O problema Crianças que terminam suas tarefas ficam ociosas ao esperar que os demais acabem. Além de perder uma chance de aprender, atrapalham os colegas que ainda estão trabalhando.
A solução Ter uma segunda atividade relacionada ao tema da primeira para contemplar os mais rápidos.
4. Colocar a turma para organizar a sala
O problema A arrumação de carteiras e mesas para trabalhos em grupo e rodas de leitura acaba tomando uma parte da aula maior do que das atividades em si.
A solução Analisar se a mudança na disposição do mobiliário influi, de fato, no aprendizado. Em caso positivo, vale programar arrumações prévias à aula.
5. Falar de atualidades e esquecer o currículo
O problema Abordar o assunto mais quente do momento por várias aulas, o que pode sacrificar o tempo dedicado ao conteúdo.
A solução Dosar o espaço das atualidades e contextualizar o tema. Em Geografia, por exemplo, pode-se falar de deslizamentos de terra relacionando-os aos tópicos de geologia.
6. Realizar atividades manuais sem conteúdo
O problema Pedir que os alunos façam atividades como lembrancinhas para datas comemorativas sem nenhum objetivo pedagógico.
A solução Só propor atividades manuais ligadas a conteúdos curriculares - nas aulas de Artes, por exemplo, para estudar a colagem como um procedimento artístico.
7. Propor pesquisas genéricas
O problema Pedir trabalhos individuais sobre um tema sem nenhum tipo de subdivisão. Como resultado, surgem produções iguais e, muitas vezes, superficiais.
A solução Dividir o tema em outros menores e com indicações claras do que pesquisar. Isso proporciona investigações mais profundas e dinamiza a socialização.
Resta lembrar que nem tudo o que foge ao planejamento é perda de tempo. Questionamentos, por exemplo, são indícios de interesse no assunto ou de que um ponto precisa ser esclarecido. "Para esse tipo de desvio de rota, vale, sim, abrir espaço. Afinal, são atividades reflexivas e que auxiliam na aprendizagem", afirma Cristiane Pelissari, formadora da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.
Didática do ensino geométrico

Lorenzato, Sérgio e Fiorentini, Dario. Para aprender matemática. Coleção: Formação de Professores. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2006.
Ubiratan D’Ambrosio- Etnomatemática, 1990.
DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA - 06.05

Quando é comemorado e quando foi instituido? É comemorado no dia 6 de maio e foi instituído em 2004.
Formigas são mais espertas que crianças da quinta série?

“As formigas são mais inteligentes do que um aluno de quinta série, elas conseguem fazer cálculos!”, empolga-se Els van Egmond do editor da revista.
Para o estudos, os cientistas Zhanna Reznikova e Boris Ryabko pesquisaram em uma grande variedade de espécies diferentes sua capacidade de contar e realizar tarefas matemáticas básicas. Os pesquisadores afirmam que espécies de formigas conseguem comunicar informações sobre números para membros da colônia e também realizar operações aritméticas simples.
Reznikova, da Univesidade Estadual de Novosibirsk, Rússia, e Ryabko, do Universidade Estadual de Telecomunicações e Ciência da Computação da Sibéria têm estudado as habilidades matemática da formiga já há algum tempo.
Para algumas de suas experiências anteriores sobre as formigas, os pesquisadores montaram várias estruturas em forma de labiribto e esconderam comida em lugares específicos. Aqui estão alguns esboços mostrando como os objetos pareciam (Crédito: Zhanna Reznikova e Boris Ryabko).
Os experimentos foram feitos com o objetivo de impossibilitar a comunicação entre as formigas, não abrindo margem para elas deixarem uma trilha de cheiro para trás. “A fim de alertar outras formigas sobre a localização do alimento, os insetos provavelmente enviam mensagens informando seus companheiros não sobre o lugar exato da comida, mas sobre a distância ou o número de passos e assim por diante”, escrevem os cientistas.
“Mesmo que seja assim”, acrescentam, “isso mostra que formigas são capazes de utilizar valores quantitativos e passar informações sobre eles”. Outra pesquisa mostra que tanto formigas quanto abelhas executam tarefas de “abstração e extrapolação”, além de outras habilidades matemática, afirmam os investigadores.
As formigas, elas continuam, conseguem realizar operações aritméticas simples com números pequenos. “Acreditamos que aplicar ideias de teoria da informação e usar sistemas de comunicação natural dos animais altamente sociais pode abrir novos horizontes no estudo da cognição numérica”, defendem.
Os cientistas ainda destacam outros estudos que demonstraram as habilidades matemática de vários animais. Aves são normalmente áses na matemática. Pombos, corvos e os papagaios são particularmente bons em quebra-cabeças relacionados a números. Os primatas não-humanos, tais como os chimpanzés, são ok em matemática, mas perdem feio para as minúsculas formigas.
Fonte: HYPE SCIENCE
Inscrições para Olimpíada Brasileira de Matemática vão até 30 de abril
A olimpíada é um projeto conjunto da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCTMat).
As escolas interessadas em participar das olimpíadas devem se cadastrar na página do projeto. Instituições de ensino públicas e particulares competem em quatro níveis – o primeiro para alunos do sexto e sétimo anos do fundamental; o segundo para oitavo e nono anos; o terceiro para o ensino médio, e o nível universitário para estudantes de graduação.
Os resultados serão divulgados em dezembro e os vencedores serão convidados a participar da 15ª Semana Olímpica, evento a ser realizado em janeiro de 2012. Além das medalhas e prêmios, os vencedores participam do processo de seleção para formar as equipes que representam o Brasil nas diversas olimpíadas internacionais de Matemática.
Saiba mais sobre esta edição da Olimpíada de Matemática no site do projeto.
Fonte: Portal MEC
DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA
Como foi instituído?
Pelo projeto de Lei n. 3.482/2004, de autoria da deputada professora Raquel Teixeira. Esse projeto foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Educação e Cultura e encontra-se, desde 2008, na Comissão de Constituição e Justiça para homologação final.
Para que instituir um dia nacional para a Matemática?
A intenção é divulgar a Matemática como área de conhecimento, sua história, suas aplicações no mundo e sua ligação com outras áreas de conhecimento, buscando derrubar o mito de que aprender Matemática é difícil e privilégio de poucos.
Porque foi escolhido o dia 6 de maio?
Porque coincide com o aniversário de nascimento de Malba Tahan.
Quem foi Malba Tahan?
Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan ou simplesmente Malba Tahan é o pseudônimo do professor de Matemática Julio César de Mello e Souza. Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 1895, e faleceu em 1974, no Recife, aos 79 anos.
O que Malba Tahan fez para merecer essa homenagem?
Malba Tahan escreveu mais de uma centena de livros sobre Matemática Recreativa, Didática da Matemática, História da Matemática e Literatura Infanto-juvenil.
A centralidade de suas histórias está em aventuras misteriosas, com beduínos, xeiques, vizires, magos, princesas e sultões.
Entre suas obras está o romance O Homem que Calculava, já traduzido para doze idiomas. Nessa obra pode-se ler sobre as aventuras de Beremis, um árabe que gostava de resolver os problemas cotidianos com soluções matemáticas. É nesse livro que está publicado o problema dos 35 camelos, um dos mais famosos criados pelo autor.
Os números e as propriedades numéricas eram, para Malba Tahan, como seres vivos. Ele dizia que existem números alegres e bem-humorados, frações tristes, multiplicações carrancudas e tabuadas sonolentas.
Como um professor ousado para a época, ele gostava de ir muito além do ensino teórico e expositivo. Por isso, em suas aulas, Tahan elaborava enigmas para iniciar suas explicações. Em seu modo de brincar com as coisas da matemática, dizia que existem números alegres e bem-humorados, frações tristes, multiplicações carrancudas e tabuadas sonolentas, pois, para ele, os números e as propriedades numéricas eram como seres vivos.
Malba Taham criticava duramente professores de matemática. Para ele “o professor de Matemática em geral é um sádico. Ele sente prazer em complicar tudo”. Ele também nunca atribuía notas “zero” nem reprovava seus alunos. Sobre essa postura ele perguntava: “Por que dar zero se há tantos outros números?”.
Por que ele usava o pseudônimo Malba Tahan em vez de seu verdadeiro nome?
Um jornal havia rejeitado seus contos quando ele os assinou com seu verdadeiro nome. Então ele passou a adotar um nome falso para fingir que era um escritor de outro país. Com seu primeiro nome falso R. S. Slade ele conseguiu publicar uma história no mesmo jornal que já o havia rejeitado. Como a estratégia funcionou, ele decidiu usar sempre um pseudônimo estrangeiro. Mais tarde, escolheu Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan ou simplesmente, Malba Tahan, pois adorava escrever histórias árabes.
O que se pode aprender com as obras de Malba Tahan?
As obras de Malba Tahan permitem aprender conceitos de Matemática e constatar que a Matemática pode ser uma divertida e desafiante aventura quando estudada de forma dinâmica e criativa.
Como comemorar a data?
Desde a criação dessa data, instituições de ensino de todo o Brasil aproveitam esse dia para realizar eventos e divulgar:
- as contribuições da Matemática como área do conhecimento humano;
- a História da Matemática e suas aplicações no mundo contemporâneo;
- as relações entre Matemática e Arte;
- as contribuições da Matemática como ferramenta para outras ciências.
- Sugestões de atividades para serem realizadas no Dia Nacional da Matemática
- Relatos de experiência de eventos já realizados no Dia Nacional da Matemática
BIAJOTI, Emeron Donizeti. O dia nacional da matemática. Disponível em: <http://www.profcardy.com/artigos/dia-nacional-da-matematica.php>. Acesso em: 17 mar. 2011.
NOÉ, Marcos. Dia nacional da matemática. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-nacional-matematica.htm>. Acesso em: 17 mar. 2011.
LISBOA, Marcelo. Dia nacional da matemática. Disponível em: <http://marcelolisboa.wordpress.com/2007/05/06/dia-nacional-da-matematica/>. Acesso em: 17 mar. 2011.
Site oficial de Malba Taham. <http://www.malbatahan.com.br/>. Acesso em: 17 mar. 2011.