Medo da matemática transmitido por adultos e falta de interesse da família agravam péssimas taxas de aprendizagem da disciplina Leia mais sobre esse

RIO - "Você sabe muito mais matemática do que pensa que sabe." A frase de incentivo não é para nenhum aluno de colégio, mas para o pai e a mãe do estudante. Parte da introdução de "Matemática para pais e professores das séries iniciais", de Osmar Nina Garcia Neto e João Batista Araujo e Oliveira, a frase também deu o tom de um seminário ocorrido este mês no Rio, para discutir justamente o ensino de matemática pelos estudantes do nível fundamental. Muito do problema com a matemática, disciplina que tem alguns dos piores índices de aprendizagem - não alcança 20% o percentual de alunos no país que chegam ao fim do fundamental sabendo o adequado para a sua série em matemática, segundo dados do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb) -, vem não só de um ensino escolar deficiente ou pouco estimulante, mas também do medo que os próprios pais têm do assunto e o transmitem aos filhos.

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O ensino de matemática

O Estado de S.Paulo

A matemática continua sendo a disciplina do currículo básico com os índices de aproveitamento mais baixos nas avaliações institucionais. No Sistema de Avaliação do Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) de 2010, por exemplo, 44% dos alunos da 3.ª série do ensino médio tiveram desempenho insuficiente na matéria. O Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), que avalia o desempenho em leitura, matemática e ciências de jovens de 15 anos, coloca o Brasil nas últimas posições, num ranking de 65 países. Quatro em cada 10 jovens brasileiros nessa faixa etária não sabem multiplicar.

Divulgado esta semana, o levantamento mais recente da situação do ensino de matemática no País foi elaborado pelo Insper (antigo Ibmec) com base nas notas do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica de 2005, 2007 e 2009, e do Exame Nacional do Ensino Médio de 2008. Entre outras conclusões, a pesquisa aponta um paradoxo: os Estados com as notas mais baixas em matemática nas avaliações do MEC são os que apresentam maior número de estudantes interessados em seguir a carreira docente no campo das ciências exatas. E o que os leva a fazer essa opção é a baixa concorrência nas licenciaturas dessa área, pois as notas exigidas para ingresso são inferiores às das áreas mais disputadas.

Para as pesquisadoras Maria Cristina Gramani e Cintia Scrich, responsáveis pelo levantamento do Insper, isso vem gerando um círculo vicioso que vai piorar a má qualidade do ensino de matemática no País. Isso porque esses estudantes vão se tornar docentes na área em que apresentaram as maiores dificuldades de aprendizagem. Como no ensino básico não tiveram um bom conhecimento dos rudimentos da matemática, eles não conseguiram aprender - e, portanto, não conseguirão ensinar - as questões mais complexas. "Piauí e Sergipe são grandes exemplos dessa relação preocupante: registram altos números de inscritos e ingressantes nos vestibulares para formação de professores em ciências exatas e, ao mesmo tempo, têm desempenhos baixos em matemática", diz Cristina Gramani. Na Universidade Federal de Sergipe, por exemplo, só 20% dos alunos do 1.º ano do curso de matemática passam para o 2.º ano aprovados em todas as disciplinas.

O problema é antigo e preocupante, pois a má qualidade do ensino de matemática é um dos fatores que vêm limitando a formação de engenheiros em número suficiente para atender às necessidades da economia nacional. Em 2008, os cursos de engenharia ofereceram 239 mil vagas, mas só foram preenchidas 140 mil. Ou seja, não faltam vagas nas universidades - faltam, sim, vestibulandos com conhecimento mínimo de matemática. O País forma cerca de 47 mil engenheiros por ano, ante 650 mil, na China, e 220 mil, na Índia.

A estimativa é de que o Brasil tenha hoje apenas 59 mil professores formados em matemática - um número muito aquém da necessidade da rede de ensino básico. Além disso, no ensino fundamental o docente das séries iniciais tem formação em pedagogia, carecendo de formação específica em matemática. E, segundo os pedagogos, isso não é suficiente para que saiba ensinar uma disciplina bastante técnica. As séries iniciais do ensino básico são fundamentais para que os alunos aprendam a ler números, a compreender as quatro operações aritméticas e a aplicá-las no cotidiano. As deficiências nas séries iniciais comprometem assim todo o aprendizado do aluno no ensino básico.

Durante décadas, imaginou-se que o baixo rendimento dos estudantes nesta disciplina decorria do método com que ela era ensinada. Valorizando a memorização de tabuada e a repetição de fórmulas, esse método não mostra aos estudantes como a matemática ajuda a raciocinar de forma lógica e objetiva. A pesquisa do Insper mostrou que o problema do baixo rendimento dos alunos em matemática não decorre só da falta de métodos de ensino mais modernos, mas também do baixo número de docentes capazes de dominar a disciplina.

Defasagem em matemática afeta até país rico, diz especialista

Luciano Máximo


Na visão de especialistas internacionais e educadores brasileiros reunidos em seminário no Rio de Janeiro, ontem, currículos pedagógicos fragmentados e despreparo de professores são os maiores problemas para o ensino da matemática no Brasil e no mundo. A defasagem no aprendizado da matéria verificada atualmente já é apontada como um obstáculo que respinga no desempenho da economia mundial.

O acadêmico americano William Schmidt, professor do Instituto de Pesquisa em Matemática e Educação Científica da Universidade de Michigan, chama atenção para o fato de que, a despeito do elevado índice de desemprego atual, "dezenas de milhares" de oportunidades de trabalho nos Estados Unidos não são preenchidas por falta de capacitação relacionada ao conhecimento matemático. "As demandas da economia hoje exigem alto conhecimento tecnológico. Nos EUA, por exemplo, não tem gente suficientemente qualificada para preencher vagas disponíveis no mercado de trabalho, tanto para oportunidades de nível superior como de nível médio", relatou Schmidt

O professor de psicologia cognitiva da Universidade de Virginia Daniel Willingham acrescenta que há uma grande corrente de economistas no mundo que relaciona o bom desempenho no ensino da matemática a um mercado de trabalho e a uma economia mais dinâmicos. "Países bem-sucedidos economicamente têm capacidade permanente de inovar, de avançar tecnologicamente. Se não é possível demonstrar concretamente que isso está relacionado com uma boa educação de matemática, posso afirmar que várias opções de carreira se fecham para o indivíduo que tem um baixo conhecimento da matéria", disse Willingham, ilustrando que a evasão universitária no mundo é maior nas áreas de exatas do que na de humanas.

Recente levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI) aponta 50% de desistência nas graduações de engenharia do país nos primeiros dois anos de curso. "Isso ocorre porque o estudante sai mal preparado da educação básica e não consegue acompanhar o conteúdo do ensino superior", diz Anderson Stevens Gomes, secretário estadual de Educação de Pernambuco, presente ao seminário "O ensino de matemática nas séries iniciais", promovido pelo Instituto Alfa e Beto.

Em pesquisa sobre o conteúdo dos currículos de matemática envolvendo 50 países - o Brasil não está na lista -, Schmidt verificou que o desempenho na matéria das crianças de ensino fundamental nos cinco melhores e nos cinco piores países não segue uma linha homogênea. "Um país no top 5 pode ter uma ótima performance em geometria, mas uma nota mais baixa em fração. É aí que identificamos problemas curriculares, seja de hierarquia de conteúdo ou de intensidade do que é passado aos alunos ao longo de toda a educação básica. Nos EUA há um aprofundamento em álgebra, mas a aritmética é vista de forma superficial", comentou o acadêmico de Michigan, que defende um currículo matemático mais enxuto e consistente. "Hong Kong tem 79 tópicos de matemática abordados em seu currículo; os EUA, 186." Schmidt questiona também a falta de preparo dos professores para lecionar a disciplina. "Pelo menos dois terços dos professores americanos de matemática não são especialistas na matéria."

"A baixa qualificação dos professores é o que mais influencia os resultados ruins de matemática nas avaliações educacionais", disse João Batista Oliveira, presidente do Alfa e Beto. De acordo com levantamento da entidade, na última Prova Brasil (2009), teste de português e matemática para alunos da quinta e nona séries do fundamental, o desempenho dos estudantes do nono ano ficou estável em relação à edição de 2007, subindo de 241 pontos para 242 pontos. Na avaliação da quinta série o resultado variou de 189 para 199 pontos. "Mais ainda é um dado ruim se compararmos com outros países. No Pisa [avaliação educacional internacional], o Brasil ficou 51 pontos acima do último lugar e 419 pontos abaixo do líder, num ranking de 66 países", disse Oliveira.

Professores presentes ao evento reconheceram a deficiência e cobraram formação continuada para modificar a situação. "Na época do magistério muitas colegas enfrentavam dificuldades de conteúdo, não dominavam conhecimentos básicos de divisão com dois algarismos ou operações com números fracionários", disse Simone Figueiredo Cruz, professora da rede pública de Mato Grosso do Sul. Vera Lúcia Coelho, docente das redes municipal e estadual de Riachão, no interior do Maranhão, acha que "cursos de qualificação para quem não têm o diploma específico é algo essencial."


Fonte: Valor Econômico - 19/08/2011

A Matemática dos Cubos de Rubik


Embora o fascínio pelos Cubos de Rubik esteja agora muito distante da loucura que originou nos anos 80, há quem ainda não se tenha conseguido livrar das implicações matemáticas que este puzzle oferece.

Foram necessários 30 anos para que uma equipe de investigadores tenha demonstrado matematicamente que, a partir de qualquer hipótese de um cubo baralhado, é possível resolver o cubo em apenas 20 movimentos.

Um feito que obrigou a alguma matemática "artística" para evitar fazer todos os cálculos para todos os 43 triliões de possibilidades - e que mesmo assim demorou o equivalente a 35 anos de cálculos num computador moderno.

No entanto, quando se consideram cubos de Rubik com mais possibilidades (com faces de 4x4, 5x5, ou mais) esse método de resolução tornava-se impraticável face aos números (ainda mais) astronomicamente superiores.

No entanto, ficou agora demonstrado que o número de movimentos necessários para resolver qualquer cubo é de N²/log N - onde N é igual ao número de qudrados por fila. Um resultado que surpreendeu os matemáticos por ser inferior ao que seria logicamente previsível (N²).

É que, em vez de considerar a tradicional forma de resolução de um cubo, onde se tenta mover cada quadrado mal posicionado para a posição correta, evitando alterar as posições dos restantes quadrados, este método contempla as sequências que podem colocar múltiplos quadrados nas posições correctas de uma só vez.

Isto significa que o cubo de Rubik normal, de 3x3, poderá ser afinal resolvido em apenas 9 movimentos, a partir de qualquer situação de "baralhamento" inicial.

Pierre de Fermat ganhou um doodle na página inicial do Google.


“Eu tenho uma demonstração realmente maravilhosa para esta proposição, mas este doodle é muito pequeno para contê-la”, é o que diz o título da imagem na página inicial do Google.

Sobre Pierre de Fermat

Segundo o artigo colaborativo no Wikipédia, as contribuições de Fermat para o cálculo geométrico e infinitesimal foram inestimáveis. Ele obtinha, com seus cálculos, a área de parábolas e hipérboles, determinava o centro de massa de vários corpos, etc. Em 1934, Louis Trenchard Moore descobriu uma nota de Isaac Newton dizendo que seu cálculo, antes tido como de invenção independente, fora baseado no “método de monsieur Fermat para estabelecer tangentes”. Foi a primeira pessoa a enunciar o pequeno teorema de Fermat, embora a primeira pessoa a publicar a prova do teorema foi Euler em 1736 no artigo “Theorematum Quorundam ad Números Primos Spectantium Demonstratio”.

Contudo, o que mais interessava a Fermat, na verdade, era um ramo da Matemática chamado teoria dos números, que tem poucas aplicações práticas claras. É da teoria dos números seu famoso teorema, conhecido como Último Teorema de Fermat.

Este teorema tem um enunciado extremamente simples:

x^n+y^n=z^n \,

não existe para x, y, z inteiros e positivos e n inteiro, positivo e n> 2.

O teorema foi escrito nas margens do Aritmética de Diofante, seguido de uma frase: “Eu tenho uma demonstração realmente maravilhosa para esta proposição, mas esta margem é muito estreita para contê-la”. Aliás, escrever nas margens dos livros era um costume de Fermat e foi graças ao seu filho mais velho, Clément-Samuel, que suas anotações não se perderam para sempre. Clément-Samuel, depois de passar cinco anos recolhendo cartas e anotações de seu pai, publica em 1670, em Toulouse, a Aritmética de Diofante contendo observações de Pierre de Fermat, cuja página 61 continha o teorema.

Naturalmente, há quem duvide que ele tenha dito a verdade. Gerações inteiras de matemáticos têm amaldiçoado a falta de espaço daquela margem. Por mais de três séculos, praticamente todos os grandes expoentes da Matemática (entre eles Euler e Gauss) debruçaram-se sobre o assunto. Com o advento dos computadores foram testados milhões de algarismos com diferentes valores para x, y, z e n e a igualdade xn + yn = zn não se verificou. Assim empiricamente se comprova que Fermat tenha razão. Mas e a demonstração? Um renomado empresário e matemático alemão – Paul Wolfskehl – na noite que decidira suicidar-se em sua biblioteca, depara com o Último Teorema de Fermat, e muda de idéia. Em seu testamento, deixou em 1906 a quantia de 100.000 marcos para quem o demonstrasse.

O teorema desafiou matemáticos por todo o mundo durante 358 anos, até que Andrew Wiles, um matemático britânico, conseguisse demonstrá-lo, primeiramente em 1993 e, depois de consertar alguns dos erros apontados, definitivamente em 1995. Cumpre esclarecer que Wiles utilizou conceitos avançadíssimos, com os quais Fermat nem poderia ter sonhado. Assim chega ao fim uma história épica na busca do Santo Graal da Matemática.


Fonte:site Bagarai.

Os perigos do encurtamento da infância

Coimbra mostra que a Matemática tem Arte


As pontes que existem entre a Matemática e a Arte são “mais do que muitas” e vão estar em evidência na conferência científica internacional BRIDGES, cuja XIV edição se realiza de 27 a 31 de Julho no auditório da reitoria da Universidade de Coimbra (UC).



Este é “um cruzamento perfeitamente natural”, de acordo com Penousal Machado, membro da organização que declarou ao “Ciência Hoje” não ser“necessário um esforço adicional” para se entender esta ligação que "não tem sido valorizada".

O investigador da UC exemplificou o carácter estrutural e integrador desta ciência com o caso da música –“uma sequência com estrutura, ritmo e contraste que podem ser vistos de um ângulo matemático”- ou da calçada e dos azulejos portugueses, cuja simetria e repetição podem ter também uma visão matemática.

Para além das “palestras típicas” das conferências científicas, este membro da organização deu “especial destaque” às actividades abertas e “pensadas para o público em geral”, como a “Exposição de Arte Matemática” – onde vão estar patentes 170 trabalhos -; o Dia da Família , que se realiza no sábado com actividades para crianças e adultos em torno desta ciência; workshops que vão permitir “aprender novos métod
os para provocar o fascínio e o espanto pela matemática dentro da sala de aula”; e um concerto no Teatro Académico Gil Vicente, que vai apresentar obras musicais “com inspiração matemática”.

Troca de experiências e ideias

Relativamente às palestras, também vão fazer jus a esta “ponte”, pelo que o conjunto de oradores vai ser composto por matemáticos (com destaque para William Thurston, vencedor da medalha Fields, usualmente denominada por Nobel da Matemática; e Paulus Gerdes, etno-matemático que estuda as propriedades matemáticas da arte
tradicional africana), músicos, artistas plásticos, escritores, informáticos, bailarinos, arquitectos, entre outros.

O investigador da UC acredita que ao longo destes dias se vai viver “sob uma atmosfera de enorme abertura intelectual, numa intensa troca de experiências e ideias” que vão permitir“desmistificar os preconceitos que possam existir de que a matemática e arte dificilmente se cruzam”.

Vão estar presentes duas centenas de pessoas com todos os tipos de formação e de todas as partes do mundo. Dos conferencistas, 80 por cento são estrangeiros, de países como Austrália, Japão, Canadá, Estados Unidos ou Irão. “Há aqui, realmente, uma dimensão global”, destacou Penousal Machado, sublinhando que“muitas das apresentações vão ser acessíveis até para o público leigo em matemática”.

O investigador destacou ainda que, ao longo dos tempos, esta conferência tem mostrado a matemática de forma diferente. “As pessoas ficam a perceber que esta ciência não é chata, aborrecida ou abstracta, mas que tem aplicação no dia-a-dia e na arte”, concluiu.

Fonte: CiênciaHoje - Portugal




Jovens 'gênios' participam da Olimpíada Mundial de Matemática

Estudantes de escolas de todo o País representam o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática, em Amsterdã, Holanda. Além dos três estudantes que ganharam medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), em 2010, completam a equipe três estudantes de escolas particulares, medalhistas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM).

A competição, que segue até 24 de julho, reúne estudantes de aproximadamente 100 países. Podem participar da seleção para a olimpíada internacional todos os estudantes que estejam cursando o ensino médio e tenham conquistado medalhas de ouro na Obmep e na OBM no ano interior ao do evento internacional. A seletiva compreende quatro baterias de testes. Os seis candidatos mais bem classificados representam o País no exterior.

A aluna do 3ª ano do ensino médio da Escola Estadual Coronel Oscar de Castro, em Pirajuba, Minas Gerais, Maria Clara Mendes Silva, o estudante do 2º ano do ensino médio do Colégio Militar de Belo Horizonte, André Macieira Braga Costa e Henrique Gasparini Fiuza do Nascimento, do Colégio Militar de Brasília (DF), fazem parte da delegação. Dos seis representantes brasileiros, três são de escolas públicas.

Completam a equipe brasileira na competição três estudantes de escolas particulares, medalhistas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) - Deborah Barbosa Alves, de São Paulo; Gustavo Lisboa Empinotti, de Florianópolis, e João Lucas Camelo Sá, de Fortaleza.

Na Olimpíada, realizada pelo Comitê Olímpico Internacional de Matemática, os alunos vão fazer duas provas, cada uma com três problemas envolvendo os seus conhecimentos em teoria dos números, álgebra e geometria. As questões vão ser tiradas de um banco de dados enviados por professores dos países participantes.

De 1979, quando estudantes brasileiros começaram participar da Olimpíada Internacional de Matemática, a 2009, o País ganhou sete medalhas de ouro e 23 de prata. Em 2009, em Bremem, Alemanha, os brasileiros trouxeram uma medalha de ouro, três de prata e duas de bronze. Em 2010, em Astana, capital do Cazaquistão, foram duas medalhas de prata, uma de bronze e três menções honrosas.

As informações são do MEC

Fonte: Terra

Pequena cidade no interior do Piauí é reduto de campeões de matemátic

Matemáticos começam a desvendar o cubo mágico


São Paulo – Depois de anos estudando o cubo mágico, o quebra-cabeça tridimensional inventando em 1974 pelo húngaro Ernő Rubik, os cientistas começam a descrever matematicamente seu funcionamento. Matemáticos já conseguem estabelecer a relação entre o número de quadrados e a quantidade máxima de movimentos necessários para resolver o quebra-cabeça (ou seja, para colocar, em cada face, apenas quadrados de uma determinada cor), mas a parte final da equação continua sendo uma mistério

O feito do grupo liderado por Erik Demaine, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), e colegas das Universidades de Waterloo e de Tufts, foi criar um algoritmo que funciona para os chamados piores cenários do problema em qualquer tamanho de cubo. O trabalho, que será apresentado no 19º Simpósio Europeu de Algoritmos, em setembro, estabelece que o número máximo de movimentos necessários para resolver um cubo-mágico com N quadrados por fileira é proporcional a N²/logN.

“Proporcional significa que o resultado dessa fórmula ainda precisa ser multiplicado por um fator”, explicou Demaine a INFO Online. “Nós não conseguimos descobrir ainda qual é – e acredito que essa conta não será fácil de vencer, embora as pessoas possam usar nossa abordagem para tentar ir além”.

A mágica quase cai

No ano passado, uma equipe de pesquisadores usou um supercomputador do Google para atingir um feito importante: provar que qualquer embaralhamento de um cubo-mágico poderia ser resolvido com, no máximo, 20 movimentos. O problema é que a equipe considerou apenas o cubo clássico – ou cubo de Rubik com 3 quadrados por fileira. Infelizmente, para cubos maiores do que o padrão (com quatro ou cinco quadrados por fila), os resultados não são válidos.

Fonte: Exame.com

PARA APRENDER MATEMÁTICA, ESCREVA

Cientistas de quatro países (Canadá, Portugal, Vietnã e China) conduziram um experimento por seis meses para testar um novo jeito de estudar matérias difíceis, como engenharia e matemática. Nesse novo jeito, os estudantes precisavam escrever um diário sobre o curso, principalmente para responder a duas perguntas: O que eu entendi hoje? O que eu não entendi, e por quê?

Os estudantes que participaram do experimento se saíram bem, comparados aos que seguiram rotina normal. Calvin Kalman, professor do departamento de física da Universidade Concordia, no Canadá, diz que faz diferença se uma pessoa escreve um diário, nas suas próprias palavras, sobre o que estudou no dia. "Ela começa um diálogo consigo mesma" , diz Calvin. "Depois disso,ela vem para a classe não para cumprir o número mínimo de aulas, como muitos fazem, mas para fazer perguntas."

Calvin diz que suas pesquisas refletem uma preocupação de seu financiador, o governo canadense: é preciso achar jeitos de atrair jovens para cursos carregados de matemática, e de mantê-los no curso até o fim. É preciso, portanto, fazer com que os jovens entendam o que estão estudando. Só assim o Canadá produzirá empreendedores com a capacidade de pensar criticamente - e de fundar empresas e criar empregos.

Fonte: Revista Cálculo - Número 4


Matemáticos acreditam que "Pi" está errado e criam novo número


Há 10 anos, um matemático da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, afirmou que o número Pi, tão conhecido por todos, poderia estar errado. Segundo ele, o verdadeiro "número sagrado" para a matemática das circunferências é o 2Pi, ou seja, o seu dobro. A partir de então, começou um movimento para a criação de outro número, o Tau.
O site Live Science conta que, em 2001, o matemático Bob Palais afirmou que poderia estar cometendo uma blasfêmia, mas acreditava que o Pi estava errado. O ponto em que se apoiou o matemático é que o Pi (3,14, aproximadamente) é a razão entre o comprimento e o diâmetro de uma circunferência, enquanto o seu dobro (6,28, aproximadamente), é a razão entre a comprimento e o raio, que é, segundo Palais, uma grandeza muito mais importante que o diâmetro.
A partir de 2001, os seguidores da teoria de Palais passaram a aumentar, surgindo a ideia de substituir o nome de 2Pi para Tau, que passaria a ser o "verdadeiro número sagrado" da matemática. A ideia é passar a adotar o Tau em livros e calculadoras e os entusiastas até mesmo comemoraram o Dia Mundial do Tau em 28 de junho. Vale lembrar que o Pi também possui o seu dia, comemorado todo ano em 14 de março.

Estudante de 13 anos cega é medalha de ouro nas Olimpíadas de Matemática

Uma estudante de 13 anos que mora no município de Senador José Bento, no Sul de Minas, é um exemplo de dedicação. Portadora de deficiência visual, a condição não impediu que Laura Ribeiro Franco conquistasse a medalha de ouro nas Olimpíadas Brasileiras das Escolas Públicas em 2010. Cerca de 20 milhões de estudantes de todo o Brasil participaram da competição. No próximo dia 20, ela vai receber a medalha no Rio de Janeiro. Além de conhecer a cidade, a estudante ganhou uma bolsa de estudos em um curso de iniciação científica e um computador portátil.
Apaixonada por computadores, ela usa um equipamento emprestado da escola onde estuda, para conseguir acompanhar as aulas. Para isso, ela usa um programa que repete com recursos sonoros tudo o que ela digita. Laura é a única aluna portadora de necessidades especiais da Escola Municipal de Senador José Bento. O carisma e a força de vontade da menina é tão grande, que até a professora dela, Letícia, aprendeu braile para poder ensiná-la.
Mais um pouco sobre a história de Laura, você acompanha no vídeo. link:

Professores ensinam matemática com técnicas de origami

Mistura das aulas de artes e matemática. Em Barrinha, alunos da escola Luiz Marcari aprendem ambas as disciplinas ao mesmo tempo. Professores desenvolveram uma técnica de origami para ensinar geometria com aviõezinhos de papel. Uma fórmula simples que tem provado que fica fácil aprender com quem é apaixonado por ensinar.
Porém, não é um aviãozinho qualquer, como os feitos por alunos para bagunçar durante as lições. Todas as medidas foram calculadas na sala de aula e o objetivo é ajudar no aprendizado de geometria. Assim que o origami é aberto pelos alunos, figuras geométricas e ângulos variados que antes estavam apenas na lousa, aparecem nas dobraduras no papel.
Aulas sobre raio, perímetro, cálculo de área e muitas outras lições matemáticas que passam a ser ensinadas com brincadeira e diversão. É o que garante a professora Cláudia Rossato Piati. “Com todo esse envolvimento o resultado não poderia ser outro. Os alunos ficam interessados”. Estudantes do sexto ao nono ano do ensino fundamental ainda vão estudar outros seis modelos criados para o segundo semestre.

Por que somos tão ruins em matemática?

A aversão é tanta que o senso comum aponta: o brasileiro já nasce sem vocação para aprender matemática. O estudo na área começa com professores sem formação específica, que em geral não gostam da disciplina, e acaba com docentes que têm conteúdo para transmitir, mas não didática. No fim do ensino médio, exames confirmam o despreparo.

O resultado do Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp), divulgado no mês passado, mostrou que 57% dos alunos terminam o ensino médio com rendimento insatisfatório em matemática.

Os números do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), que avaliou o desempenho em matemática de jovens na faixa de 15 anos, colocaram o Brasil na 57.ª posição em um ranking de 65 países. No topo da lista estão China, Cingapura e Hong Kong.

Se a meta é fazer com que a produção de ciência e tecnologia acompanhe o crescimento econômico do Brasil, essa intolerância à matemática precisa ser combatida com urgência, dizem os especialistas.

E a mudança precisa começar na sala aula. Mas não naquela que as crianças frequentam. A reforma deve ocorrer, primeiramente, nas classes das universidades que formam os futuros professores do País.

Fonte: O ESTADÃO

Estudantes brasileiros vão participar da Olimpíada Internacional de Matemática, em Amsterdã.

Estudantes de escolas públicas de todo o País vão representar o Brasil na Olimpíada Internacional de Matemática, em Amsterdã, Holanda, de 16 a 24 de julho. Além de estudantes que anharam medalhas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), em 2010, completam a equipe brasileira na competição três estudantes de escolas particulares, medalhistas de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM). Na olimpíada internacional, cada país pode enviar seis alunos do ensino médio. Estudantes de aproximadamente 100 nações participam da olimpíada.
Para o coordenador do Programa Especial para Competições Internacionais da Obmep, Paulo Rodrigues, o fato de o Brasil ter 50% de seus representantes na Olimpíada Internacional de Matemática oriundos de escolas públicas é uma vitória. Ele ressalta que em escolas particulares, especialmente do Ceará, São Paulo e Rio de Janeiro, há programas especiais de preparação dos alunos para a OBM, o que não ocorre na rede pública. “Os que se destacam nas escolas públicas são alunos muito talentosos”, afirma.
Podem participam da seleção para a olimpíada internacional todos os estudantes que estejam cursando o ensino médio e tenham conquistado medalhas de ouro na Obmep e na OBM no ano interior ao do evento internacional. A seletiva compreende quatro baterias de testes. Os seis candidatos mais bem classificados representam o País no exterior.
De 1979, quando estudantes brasileiros começaram participar da Olimpíada Internacional de Matemática, a 2009, o País ganhou sete medalhas de ouro e 23 de prata. Em 2009, em Bremem, Alemanha, os brasileiros trouxeram uma medalha de ouro, três de prata e duas de bronze. Em 2010, em Astana, capital do Cazaquistão, foram duas medalhas de prata, uma de bronze e três menções honrosas.
As escolas públicas têm prazo até a próxima sexta-feira (3) de junho, para fazer a inscrição de estudantes na 7ª edição da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) . A competição contempla três níveis. O primeiro abrange alunos matriculados no sexto ou sétimo ano do ensino fundamental, no ano letivo correspondente ao da realização das provas. Já o nível 2 reúne  alunos matriculados no oitavo ou nono ano do ensino fundamental, no ano letivo correspondente ao da realização das provas. No nível 3 estão alunos matriculados em qualquer série do ensino médio, no ano letivo correspondente ao da realização das provas. 

Fonte: CORREIO DO ESTADO

MEC distribui livro com erro de matemática a 37 mil escolas

O Ministério da Educação gastou R$ 14 milhões para distribuir material didático com erros de matemática a 37 mil escolas de educação no campo no ano passado.
Nele se aprende, por exemplo, que 10-7=4 e que 16-8=6. Há ainda exercícios que remetem à página errada e frases incompletas.
Foi pedida à CGU (Controladoria-Geral da União) uma sindicância para apurar as eventuais responsabilidades pelos erros e pela falta de revisão.
A coleção na qual os erros foram detectados tem obras sobre matemática, língua portuguesa, ciências, geografia e história.
O total de estudantes prejudicados, de acordo com o MEC, é de cerca de 300 mil, menos de 1% do ensino público.
Após a constatação dos erros, o ministério decidiu enviar aos coordenadores do programa de educação no campo uma orientação para que o uso do material seja suspenso.

Folha.com
ANGELA PINHO
DE BRASÍLIA

Crianças têm dificuldade com matemática durante divórcio

Que o divórcio dos pais influencia o comportamento dos filhos, já é muito claro, mas uma pesquisa norte-americana mostrou que os problemas na escola e de comportamento são restritos basicamente ao período do processo de divórcio, ou seja, a fase anterior não gera problemas para as crianças. Os resultados deste estudo foram publicados na edição de junho da revista American Sociological Review. 

Na pesquisa, Hyin Sik Kim, doutoranda da Universidade de Wisconsin-Madison, nos Estados Unidos, analisou um estudo com mais de 3.500 crianças nos anos iniciais da escola a partir de 1998. Ela pôde observar as mudanças comportamentais, ou falta delas, antes, durante e após o divórcio de alguns casais. 

"Eu esperava que existisse conflitos entre os pais que os levassem até o divórcio, e que isso seria um problema para o filho, mas não consegui encontrar um efeito significativo disto no período pré-divórcio", disse Kim. 

A pesquisadora não acredita que o comportamento seja um reflexo da resiliência destas crianças. Para Kim, o pensamento de que as crianças aprendem a cooperar com a situação é exagerada. 

Entre as mudanças possíveis de se observar, o desempenho em matemática e habilidades interpessoais foram afetadas. "Crianças que passaram por uma experiência de divórcio tiveram problemas com a matemática, habilidades interpessoais e de comportamento internalizado durante o período do divórcio. Elas ficam mais inclinadas a problemas de ansiedade, solidão, baixa autoestima e tristeza", explica Kim. 

Mas porque o divórcio implica em complicações para a aprendizagem da matemática, por exemplo, e não para a leitura? Acredita-se que, como os conceitos matemáticos sejam baseados em informações que são atualizadas com frequência, o processo acabe por ser dificultado pelo período de estresse pelo qual passam estas crianças. 

Um dado importante divulgado na pesquisa, é que as crianças tendem a manter um comportamento positivo exteriorizado enquanto lutam para manter o controle internamente. Este tipo de estudo poderá ser útil não apenas para os pais, mas também para os professores entenderem o comportamento infantil durante um divórcio para que assim possam se preparar melhor para lidar com isso na escola.

Agência Estado

Alex Bellos faz demonstração matemática. Ele ensina a cortar um bolo matematicamente

Ruim de matemática? Você pode ter discalculia


A discalculia é considerada o equivalente da dislexia quando se trata de pessoas que têm dificuldade fora do comum em aprender matemática. Enquanto os disléxicos tem problemas com a leitura e a escrita, aqueles que sofrem de discalculia não conseguem resolver problemas simples de aritmética e até mesmo entender o conceito de numeral. Este distúrbio afeta entre 5 e 7% da população.
Tanto as crianças e os adultos que apresentam o problema têm dificuldade em entender o valor relativo aos números e suas diferentes grandezas, e acabam tendo notas muito baixas em provas. “Geralmente, eles não trocam a ordem dos números quando leem, como os disléxicos, mas qualquer coisa que se relacione a numerais causa ansiedade e até pânico”, disse o autor do estudo e professor de neurociência, Brian Butterworth, da University College London.
Por exemplo, se fosse mostrada duas cartas de baralho numeradas, uma com um 5 e outra com um 8, para uma pessoa com discalculia e ela fosse indagada qual número é maior, elas teriam que contar quantos símbolos aparecem em cada carta antes de responder. Se fosse pedido que elas contassem, regressivamente, de 10 a 1, a pessoa contaria de 1 a 10, depois de 1 a 9, depois de 1 a 8, e assim por diante (e provavelmente teriam que usar os dedos, independente da idade).
Lidar com dinheiro, então, é um grande desafio. As pessoas com discalculia também não conseguem estimar o tamanho de um quarto, ou entender o conceito de horas para estimar quanto tempo uma viagem duraria. De acordo com os pesquisadores, o distúrbio aparenta ser genético e algumas mudanças no cérebro podem ser responsáveis pela causa. “Contudo, é importante que essas pessoas saibam que esta dificuldade não significa que elas são burras”, disse Butterworth. Mas, se não for diagnosticada de maneira correta, pode trazer muitos traumas.
Butterworth diz que seu trabalho serviu para chamar atenção ao problema e desenvolver métodos especiais de ensino para fortalecer o processamento de números pela pessoa, usando materiais concretos como contas ou blocos, ou ainda softwares de computador. “O importante é não avançar para conceitos mais complexos enquanto o básico não estiver bem fixado”

7 erros do professor em sala de aula

Confira como evitar atividades sem foco ou morosas, que roubam um procioso tempo da aprendizagem

Camila Monroe (camila.monroe@abril.com.br)



1. Utilizar o tempo de aula para corrigir provas

O problema Deixar a turma sem fazer nada ao corrigir exames ou propor que os alunos confiram as avaliações.

A solução Nesse caso, o antídoto é evitar a ação. Corrigir provas é tarefa do educador, para que ele possa aferir os pontos em que cada um precisa avançar. E o momento certo para isso é na hora-atividade.





2. Exigir que todos falem na socialização

O problema Durante um debate, pedir que todos os estudantes se manifestem, gerando desinteresse e opiniões repetitivas.

A solução O ideal é fazer perguntas como "Alguém tem opinião diferente?" e "E você? Quer acrescentar algo?". Assim, as falas não coincidem e os alunos são incentivados a ouvir e a refletir.





3. Não desafiar alunos adiantados

O problema Crianças que terminam suas tarefas ficam ociosas ao esperar que os demais acabem. Além de perder uma chance de aprender, atrapalham os colegas que ainda estão trabalhando.

A solução Ter uma segunda atividade relacionada ao tema da primeira para contemplar os mais rápidos.





4. Colocar a turma para organizar a sala

O problema A arrumação de carteiras e mesas para trabalhos em grupo e rodas de leitura acaba tomando uma parte da aula maior do que das atividades em si.

A solução Analisar se a mudança na disposição do mobiliário influi, de fato, no aprendizado. Em caso positivo, vale programar arrumações prévias à aula.





5. Falar de atualidades e esquecer o currículo

O problema Abordar o assunto mais quente do momento por várias aulas, o que pode sacrificar o tempo dedicado ao conteúdo.

A solução Dosar o espaço das atualidades e contextualizar o tema. Em Geografia, por exemplo, pode-se falar de deslizamentos de terra relacionando-os aos tópicos de geologia.





6. Realizar atividades manuais sem conteúdo

O problema Pedir que os alunos façam atividades como lembrancinhas para datas comemorativas sem nenhum objetivo pedagógico.

A solução Só propor atividades manuais ligadas a conteúdos curriculares - nas aulas de Artes, por exemplo, para estudar a colagem como um procedimento artístico.





7. Propor pesquisas genéricas

O problema Pedir trabalhos individuais sobre um tema sem nenhum tipo de subdivisão. Como resultado, surgem produções iguais e, muitas vezes, superficiais.

A solução Dividir o tema em outros menores e com indicações claras do que pesquisar. Isso proporciona investigações mais profundas e dinamiza a socialização.



Resta lembrar que nem tudo o que foge ao planejamento é perda de tempo. Questionamentos, por exemplo, são indícios de interesse no assunto ou de que um ponto precisa ser esclarecido. "Para esse tipo de desvio de rota, vale, sim, abrir espaço. Afinal, são atividades reflexivas e que auxiliam na aprendizagem", afirma Cristiane Pelissari, formadora da Secretaria de Estado da Educação de São Paulo.