Provinha Brasil de matemática

Ministério vai testar alunos do 2º ano do Ensino Fundamental

Pela primeira vez, 3,3 milhões de crianças matriculadas no 2º ano do Ensino Fundamental em escolas públicas farão provinha nacional de Matemática. Desde 2008, o Ministério da Educação (MEC) aplica a Provinha Brasil com questões apenas de Português. O exame mede o desempenho dos alunos das classes de alfabetização em todo o País.

Cada um dos testes terá 20 perguntas de múltipla escolha, sendo que a prova de Matemática será distribuída em agosto e a de Português, em março. Os exames serão aplicados pelo próprio professor em sala de aula ou pelo coordenador pedagógico definido pela direção da escola.

Para a coordenadora de Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica do MEC, Edna Borges, a provinha permite avaliar o nível de aprendizado dos alunos no início e no fim do ano letivo. A aplicação pelas escolas não é obrigatória, mas é uma oportunidade de definir novas estratégias para melhorar a qualidade do ensino. O objetivo final é que todas as crianças estejam alfabetizadas aos 8 anos de idade.

Além dos cadernos de questões para os alunos, os professores vão receber cartilhas orientando sobre a aplicação e a correção dos exames. De acordo com a coordenadora do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Mariana Santos, a prova de Matemática já foi realizada, em fase de testes, para estudantes da rede pública nos meses de novembro e dezembro do ano passado. A previsão do ministério é que, em 2012, todas as escolas municipais receberão as duas provas no início do ano e no final do segundo semestre.

Fonte: O DIA ONLINE

As metas do novo Plano Nacional de Educação

por: Mariana Queen
Veja como está o Brasil com relação a algumas metas do PNE 2011-2020:

Educação em tempo integral nas redes públicas

Em 2010, apenas 5,7% das matrículas da rede pública eram nessa modalidade de atendimento. Naquele ano, foram registradas 2.440.594 inscrições de tempo integral nas redes municipais e estaduais em todos os níveis de ensino. Fonte: Censo Escolar 2010

Valorização dos professores

O piso salarial do professor brasileiro – valor mínimo a ser pago ao profissional – é R$ 1.024 para 40 horas/aula semanais. Pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Fundação Victor Civita (FCV) indica que mais de 70% dos professores são motivados a entrar em sala de aula pelo amor à profissão, mas 69% consideram que a carreira é desvalorizada.

50% das crianças de até 3 anos nas creches

Atualmente, 80% das crianças de 0 a 3 anos estão fora das creches. Vale destacar que a meta de atendimento em creches para 50% das crianças de até 3 anos já era prevista no antigo PNE e não conseguiu ser alcançada até 2011. Fonte: Levantamento da Fundação Abrinq baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009.

Todos os professores com ensino superior

Quase um terço dos professores da Educação básica das redes pública e particular do Brasil não tem formação adequada. Do total de 1,977 milhão de docentes, 636,8 mil – 32,19% – ensinam sem diploma universitário. “A meta de zerar o número de professores sem formação superior pode levar dez anos”, diz João Carlos Teatini, diretor de Educação básica da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Fonte:Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – estudo de 2009.

Alfabetização de todas as crianças com até 8 anos de idade e erradicação do analfabetismo

A proporção de pessoas que não sabem ler ou escrever no Brasil é maior do que a média registrada na América Latina e no Caribe. Ao todo, 9,6% dos brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos, contra 8,3% do total de moradores da região. No ranking de 2010, o Brasil apresenta a sétima maior taxa de analfabetismo entre os 28 países latinoamericanos e caribenhos. Fonte: Anuário Estatístico de 2010 da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), agência das Nações Unidas (ONU).

Negros e não negros com a mesma escolaridade média

No quesito cor/raça, observa-se que os negros têm menos 1,7 ano de estudo, em média, do que os brancos e representam 13,4% dos analfabetos brasileiros, frente aos 5,9% de analfabetos brancos. Fonte: Análise do PNAD 2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2010.

Mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo

A população mais escolarizada, com mais de 11 anos de estudo, representa mais de 40% da população urbana e apenas 12,8% da população rural. A taxa de analfabetismo para pessoas acima de 15 anos é de 7,5% na zona urbana e de 23,5% na zona rural. Cerca de 73% da população do campo não completou o ensino fundamental. Fonte: Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ) – pesquisa divulgada em 2010.

Leia abaixo todas as metas do Plano Nacional de Educação, que, segundo Fernando Haddad, “devem ser divulgadas em locais públicos” para que cada cidadão possa acompanhar – e cobrar – a boa execução do PNE 2011-2020.

Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.

Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.

Meta 6: Oferecer Educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.

Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à Educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Meta 11: Duplicar as matrículas da Educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 13: Elevar a qualidade da Educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de Educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da Educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Meta 16: Formar 50% dos professores da Educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

Meta 17: Valorizar o magistério público da Educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.

Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em Educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O QUE É PROGRESSÃO CONTINUADA?

Saiba as diferenças entre o ensino por séries e por ciclos

 
Perguntas e Respostas: O que é progressão continuada?
Simone Harnik
Da Redação do Todos Pela Educação
A progressão continuada, às vezes confundida com "aprovação automática", vem sendo foco de árduos debates de Educação desde o início dos anos 1980. Com isso, ocupou lugar de destaque nas falas de gestores e até mesmo nas campanhas eleitorais.
No início deste ano, o governo do Estado de São Paulo anunciou que pretende modificar a organização do ensino por ciclos e revisar a implantação da progressão continuada. Mas o que pretende esse sistema? Como foi implantado no Brasil? Conheça um pouco da história de um dos temas mais polêmicos do ensino no País.

O que é progressão continuada?
No Ensino Fundamental, o Brasil possui duas formas básicas de ensino: por séries ou por ciclos. O primeiro tipo pressupõe que cada aluno com desempenho insatisfatório seja reprovado ao final do ano letivo. Já os que dominam o conhecimento esperado devem progredir para a próxima série.
O ensino por ciclos tem outra cara: os estudantes devem obter as habilidades e competências em um ciclo que, em geral, é mais longo do que um ano ou uma série. Como, dentro de um ciclo, normalmente, não está prevista a repetência, mas sim a recuperação dos conteúdos por meio de aulas de reforço, usa-se o termo progressão continuada.

Qual a intenção de dividir o estudo em ciclos e de limitar a repetência?
De acordo com pesquisadores da Educação, os ciclos são uma tentativa de regularizar o fluxo dos alunos ao longo dos anos na escola, superando o fracasso escolar das altas taxas de reprovação. A ideia é fazer com que os estudantes tenham acesso ao ensino sem interrupções ou repetências que criem desânimo ou prejudiquem o aprendizado.

Quando a progressão automática começou a ser implantada?
Há iniciativas de instituir o ensino por ciclos que datam de 1920. A partir dos anos 1980, a temática ganhou destaque nos debates nacionais. Mas foi em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que mais redes de ensino começaram a adotar o ensino por ciclos e a progressão dentro deles.

Quais são os nomes que a progressão continuada já recebeu?
Alguns dos nomes são promoção automática, aprovação automática e avanço progressivo. Alguns trazem uma carga negativa, como "aprovação automática".

Quantas escolas têm progressão continuada?
No País, 25 de cada 100 escolas oferecem o ensino por meio de ciclos, com a progressão continuada dentro deles. No estado de São Paulo, que tem a maior rede de ensino do Brasil, 99 a cada 100 escolas oferecem ensino com ciclos. Em número de matrículas, os ciclos têm quase 12 milhões de estudantes, o que corresponde a 37,8% do total no País, segundo o Censo Escolar 2009.
Não há um modelo único de ensino por ciclos. Diferentes redes estabelecem durações distintas para os ciclos. Algumas até misturam os dois conceitos (ciclos e séries).

A progressão continuada prejudica o aprendizado?
Não. De acordo com artigo do professor Ocimar Munhoz Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP), "a repetência é contraindicada, na imensa maioria dos casos, por não resultar em ganho para os que estão repetindo". Em comparações de alunos com as mesmas dificuldades, os que progrediram na escola tiveram vantagens sobre os que repetiram, pois puderam seguir com o mesmo grupo de colegas e recuperar parte das habilidades esperadas.

Por que a progressão continuada e o ensino por ciclos são tão criticados?
Muitas famílias associam os ciclos a uma queda da qualidade do ensino, daí o motivo das críticas. Parte dos professores também acredita que a ferramenta da reprovação é um "incentivo" aos estudantes.
No ambiente acadêmico, embora existam opositores ao sistema de ciclos, há mais defensores. As críticas dos professores universitários e especialistas recaem, principalmente, sobre a forma de implantação do sistema de ciclos – que muitas vezes ocorreu sem a plena participação dos professores de Ensino Médio, sem um projeto pedagógico adequado e sem condições para oferta de recuperação de conteúdos aos alunos.

O que o ensino por ciclos e a progressão continuada precisam para funcionar bem?
O ensino por ciclos depende de condições materiais adequadas nas escolas, de bons profissionais, do acompanhamento das famílias. Alguns elementos são fundamentais para a escola, tais como:
- Uma proposta político-pedagógica adequada para cada escola.
- Clareza sobre o currículo e sobre os conteúdos que cada estudante tem de aprender.
- Engajamento da equipe de professores, com trabalho coletivo e até mesmo mudança das jornadas de trabalho.
- Avaliação do aprendizado dos estudantes e da própria instituição a todo o tempo, para corrigir eventuais falhas.
- Entendimento do processo de aprendizagem de cada aluno.

Quanto pesa um quilo? Cientistas buscam a resposta

LONDRES (AFP) - Quanto pesa um quilo? A pergunta parece simples, mas alguns cientistas continuam buscando a resposta, sem perder a esperança de chegar a um valor constante para o quilograma, independentemente de qualquer objeto físico.
Desde 1889, o quilograma (kg) está baseado em um cilindro composto por 90% de platina e 10% de irídio, fabricado em Londres em 1879 e conservado sob uma redoma de vidro no Escritório de Pesos e Medidas de Sèvres, nas proximidades de Paris.
As medições feitas há mais de 100 anos mostram que o kg 'perdeu peso'. A massa mudou o equivalente a um grão de areia de 0,4 mm de diâmetro.
A mudança foi o suficiente para que os cientistas de todo o mundo estudassem uma definição que passe do objeto físico, como foi feito com o metro, definido agora pela velocidade da luz.
O objetivo é redefinir todas as unidades básicas - massa, distância, tempo, etc - com valores estáveis e universais.
Para o quilograma, os cientistas sugerem o uso da constante de Planck, um valor que tem o nome da física quântica, Max Planck. Complexa para um leigo, a constante de Planck se define com uma fórmula chamada h.
Resta por definir a relação entre o quilo de toda a vida e a constante de Planck. Para isto, várias experiências estão sendo feitas em todo o mundo. Os cientistas utilizam balanças de watt, um aparelho que permite converter a potência mecânica em potência elétrica e vice-versa.
"Nossos experimentos avançam, mas é muito cedo para colocar em prática a nova definição do quilograma", destacou Michael Stock, da Royal Society de Londres.
"Um dos problemas é que vamos precisar de mais balanças de watt do que as que temos para medir de maneira confiável o quilograma quando for aplicada a nova definição", explica.
Para Stock a mudança tem chance razoável de ser aprovada na próxima conferência de pesos e medidas prevista para Paris em 2015.

Descoberta a fórmula para gostar de matemática...

Professor apresenta a fórmula para que todos os alunos gostem de matemática. Agora sim.....
Fonte: SPM

Hoje é o dia mais deprimente do ano, diz cientista


Um pesquisador e psicólogo da Universidade de Cardiff, no Reino Unido, afirma, cientificamente, que dia 24 de janeiro é a data mais deprimente do ano. Para chegar a tal conclusão, o britânico Cliff Arnall elaborou uma fórmula matemática que leva em conta fatores econômicos, psicológicos e climáticos. Depois, fez as contas.
A fórmula "mágica" é: 1/8C+(D-d) 3/8xTI MxNA. De acordo com o pesquisador, "C" corresponde ao fator climático - já que em janeiro, os dias são cinzentos e frios no norte da Europa. "D" representa as dívidas feitas durante a época do Natal e que agora terão de ser pagas - afinal, diversas contas dos cartões de crédito caem neste final do mês. O "d" em minúscula significa os custos monetários relativos ao mês e o "T" é o tempo passado desde o Natal.
A letra "I" está relacionada ao período em que as pessoas começam a desistir de seguir suas promessas de final de ano como fazer regime, dormir mais, ir para a academia, passar mais tempo com a família... Sendo que "M" é ligado às motivações pessoais e "NA" à necessidade de fazer algo para mudar de vida. Complexa essa conta.
Usando a mesma fórmula, segundo o cientista, o dia mais feliz do ano é 20 de junho.
Se a fórmula for aplicada ao Brasil, pode ser que o dia mais triste do ano seja outro já que o mês de janeiro é ensolarado e quente na maior parte do país. No entanto, para os paulistanos ou moradores de São Paulo que trabalham na véspera do feriado do aniversário de 457 da cidade, a denominação da data pode vir a calhar.

Por Redação Yahoo! Brasil

Matemática dos afetos


Se você é um professor 'do tipo cara valente', daqueles que acham que a autoridade em sala de aula se constrói à base da voz alta, saiba: é capaz de estar fazendo muito mal ao seu aluno.


“Existe um certo consenso de que o professor de matemática é mais racional e menos afetivo”
É o que diz a professora de matemática Rosemeri Vieira Dittrich, que defendeu tese de mestrado na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) sob o título Ensino e aprendizagem de matemática: o sucesso é possível. Em seu trabalho, Rosemeri conclui que, antes de pensar ementa ou currículo, é fundamental refletir sobre a relação aluno e professor.


"Existe um certo consenso de que o professor de matemática é mais racional e menos afetivo. Talvez até seja mesmo e isso tem de mudar. Se o aluno não simpatiza com o professor, ele não vai simpatizar com a matéria", afirma Rosemeri, que começou a atuar como professora de matemática em 1998 dando aulas para alunos do ensino fundamental e médio de Curitiba.


Assim, antes de ensinar, seria necessário aprender a se comunicar. "A palavra transforma o pensamento em pensamento verbal, torna as coisas inteligíveis", diz um trecho da tese de Rosemeri.


A professora dá o exemplo do psicanalista Carl Jung, que estudou por anos a construção e a desconstrução de signos e símbolos por meio da linguagem. Jung, em seu livro Memórias, sonhos e reflexões, narra a época em que estudou matemática: "A álgebra parecia tão óbvia para o professor, enquanto para mim os próprios números nada significavam [...] O fato de nunca ter conseguido encontrar um ponto de contato com as matemáticas [...] permaneceu um enigma por toda minha vida".

 

Com matemática e com afeto

Muitos (muitos mesmo) especialistas dizem que a matemática é uma das ciências mais difíceis – afinal, números (só para ficar na matemática básica) são invenções da cabeça do homem. Começam e terminam na nossa mente. Alguns alunos têm dificuldade de entender esse tipo de abstração e, muitas vezes, calam-se, por receio de fazer alguma pergunta pouco inteligente.
A maioria dos alunos relacionou a afeição pelo professor ao gosto pela matemática


A professora admite que, no começo da carreira, não tinha muita paciência com alunos que apresentavam maior grau de dificuldade. É a velha história: é muito mais fácil colocar o centro do problema no outro do que em você mesmo. 


"Há estudantes que não entendem, por mais que se explique. E quanto mais não entendem, mais medo eles têm", explica Rosemeri. "Ficam com medo de não passar na prova, de serem ridicularizados. A função do professor é ter calma, ficar próximo e dar segurança a esses alunos".


Com o afeto e sabedoria, Rosemeri selecionou bons alunos em matemática e propôs uma conversa. Uma pergunta, na verdade: qual seria a razão desses alunos terem sucesso na matéria?
A maioria relacionou, além do gosto pela matemática, a afeição pelo professor.  A educadora, no trabalho, conclui:
"A afetividade e o papel das emoções fazem parte integrante da formação e compete ao professor canalizar a afetividade para possibilitar a construção do conhecimento na sala de aula. O professor é fundamental para o sucesso do aluno na disciplina da matemática."
Thiago Camelo