Didática do ensino geométrico

Um dos problemas enfrentados pelos professores de matemática, em especial os do ensino básico, é dar à sua prática um caráter mais lúdico e menos formal, de maneira que desperte nos alunos o interesse de aprender matemática fazendo com que o desenvolvimento escolar na disciplina de fato aconteça.
Esse é um dos objetivos da Educação Matemática, que procura através de metodologias inovadoras transformar o aluno, que fica como um aluno que faz suas anotações para aplica-las na prática de forma mais clara para seu próprio entendimento.
Com isso, o uso de atividades em sala de aula contribui de maneira positiva para a interação e a participação dos alunos na construção do conhecimento. A proposta desse do estudo da educação matemática é minimizar as necessidades do professor do ensino básico e dos professores em formação, no desenvolvimento de atividades que envolvem conceitos principalmente da geometria.
Compreender os conceitos de geometria, suas propriedades e relações simples, são alguns dos conhecimentos básicos fundamentais para que os alunos interajam adequadamente com seu meio e conseqüentemente iniciem o estudo dessa matéria, é necessário que o aluno expresse o conhecimento,contato com figuras geométricas e saiba construí-las através de montagens.É necessário que os professores explorem algumas construções geométricas com régua e compasso, como visualização e aplicação de propriedades das figuras, além da construção de outras relações utilizando papel quadriculado ou milimetrado, além de instrumentos como transferidor e compasso, facilitam a aprendizagem do aluno, com isso deve-se destacar a importância das transformações geométricas as quais permitem o desenvolvimento de habilidades de percepção espacial e como recurso para induzir de forma experimental a descoberta, como por exemplo, das condições para que duas figuras sejam congruentes ou semelhantes.
Para um simples desenvolvimento de atividades abordando algumas ferramentas de ensino será utilizado papel quadriculado, papel manteiga, régua, lápis, borracha, alfinetes, transferidor e compasso. No papel quadriculado os participantes traçam o eixo cartesiano, nele marcam os pontos referentes aos pares ordenados apresentados e unem esses pontos formando figuras, a partir dos pares ordenados iniciais os participantes constroem novos pares ordenados, nos quais será mantida uma das coordenadas e a outra será substituída pelo número oposto. Esses novos pares ordenados são marcados no mesmo plano cartesiano e ligados para formar figuras.
Podemos ainda se quiser fazer circunferências nas figuras, passando pelos pontos usando o compasso ou marcando os ângulos das figuras formadas com o transferidor. Esse tipo de abordagem no ensino da matemática é de extrema utilidade para fazermos ligação entre ensinar com sabedoria e aprender com precisão.

Por Gláucio da Silva Freitas

Bibliografia:
Lorenzato, Sérgio e Fiorentini, Dario. Para aprender matemática. Coleção: Formação de Professores. Campinas, São Paulo: Autores Associados, 2006.
Ubiratan D’Ambrosio- Etnomatemática, 1990.

DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA - 06.05


Quando é comemorado e quando foi instituido? É comemorado no dia 6 de maio e foi instituído em 2004.

Como foi instituído? Pelo projeto de Lei n. 3.482/2004, de autoria da deputada professora Raquel Teixeira. Esse projeto foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Educação e Cultura e encontra-se, desde 2008, na Comissão de Constituição e Justiça para homologação final.

Para que instituir um dia nacional para a Matemática? A intenção é divulgar a Matemática como área de conhecimento, sua história, suas aplicações no mundo e sua ligação com outras áreas de conhecimento, buscando derrubar o mito de que aprender Matemática é difícil e privilégio de poucos.

Porque foi escolhido o dia 6 de maio? Porque coincide com o aniversário de nascimento de Malba Tahan.

Quem foi Malba Tahan? Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan ou simplesmente Malba Tahan é o pseudônimo do professor de Matemática Julio César de Mello e Souza. Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 1895, e faleceu em 1974, no Recife, aos 79 anos.

O que Malba Tahan fez para merecer essa homenagem? Malba Tahan escreveu mais de uma centena de livros sobre Matemática Recreativa, Didática da Matemática, História da Matemática e Literatura Infanto-juvenil. A centralidade de suas histórias está em aventuras misteriosas, com beduínos, xeiques, vizires, magos, princesas e sultões. Entre suas obras está o romance O Homem que Calculava, já traduzido para doze idiomas. Nessa obra pode-se ler sobre as aventuras de Beremis, um árabe que gostava de resolver os problemas cotidianos com soluções matemáticas. É nesse livro que está publicado o problema dos 35 camelos, um dos mais famosos criados pelo autor. Os números e as propriedades numéricas eram, para Malba Tahan, como seres vivos. Ele dizia que existem números alegres e bem-humorados, frações tristes, multiplicações carrancudas e tabuadas sonolentas. Como um professor ousado para a época, ele gostava de ir muito além do ensino teórico e expositivo. Por isso, em suas aulas, Tahan elaborava enigmas para iniciar suas explicações. Em seu modo de brincar com as coisas da matemática, dizia que existem números alegres e bem-humorados, frações tristes, multiplicações carrancudas e tabuadas sonolentas, pois, para ele, os números e as propriedades numéricas eram como seres vivos. Malba Taham criticava duramente professores de matemática. Para ele “o professor de Matemática em geral é um sádico. Ele sente prazer em complicar tudo”. Ele também nunca atribuía notas “zero” nem reprovava seus alunos. Sobre essa postura ele perguntava: “Por que dar zero se há tantos outros números?”.

Por que ele usava o pseudônimo Malba Tahan em vez de seu verdadeiro nome? Um jornal havia rejeitado seus contos quando ele os assinou com seu verdadeiro nome. Então ele passou a adotar um nome falso para fingir que era um escritor de outro país. Com seu primeiro nome falso R. S. Slade ele conseguiu publicar uma história no mesmo jornal que já o havia rejeitado. Como a estratégia funcionou, ele decidiu usar sempre um pseudônimo estrangeiro. Mais tarde, escolheu Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan ou simplesmente, Malba Tahan, pois adorava escrever histórias árabes.

O que se pode aprender com as obras de Malba Tahan? As obras de Malba Tahan permitem aprender conceitos de Matemática e constatar que a Matemática pode ser uma divertida e desafiante aventura quando estudada de forma dinâmica e criativa.

Fonte: Secretaria da Educação do Paraná

Formigas são mais espertas que crianças da quinta série?

Quando se trata de matemática, um novo estudo publicado na revista “Comportamento” sugere que as formigas são mais inteligentes do que muitas crianças de escola primária. Os testes mostram que os insetos têm propensão para a matemática e até podem realizar operações aritméticas simples.

“As formigas são mais inteligentes do que um aluno de quinta série, elas conseguem fazer cálculos!”, empolga-se Els van Egmond do editor da revista.

Para o estudos, os cientistas Zhanna Reznikova e Boris Ryabko pesquisaram em uma grande variedade de espécies diferentes sua capacidade de contar e realizar tarefas matemáticas básicas. Os pesquisadores afirmam que espécies de formigas conseguem comunicar informações sobre números para membros da colônia e também realizar operações aritméticas simples.

Reznikova, da Univesidade Estadual de Novosibirsk, Rússia, e Ryabko, do Universidade Estadual de Telecomunicações e Ciência da Computação da Sibéria têm estudado as habilidades matemática da formiga já há algum tempo.

Para algumas de suas experiências anteriores sobre as formigas, os pesquisadores montaram várias estruturas em forma de labiribto e esconderam comida em lugares específicos. Aqui estão alguns esboços mostrando como os objetos pareciam (Crédito: Zhanna Reznikova e Boris Ryabko).

Os experimentos foram feitos com o objetivo de impossibilitar a comunicação entre as formigas, não abrindo margem para elas deixarem uma trilha de cheiro para trás. “A fim de alertar outras formigas sobre a localização do alimento, os insetos provavelmente enviam mensagens informando seus companheiros não sobre o lugar exato da comida, mas sobre a distância ou o número de passos e assim por diante”, escrevem os cientistas.

“Mesmo que seja assim”, acrescentam, “isso mostra que formigas são capazes de utilizar valores quantitativos e passar informações sobre eles”. Outra pesquisa mostra que tanto formigas quanto abelhas executam tarefas de “abstração e extrapolação”, além de outras habilidades matemática, afirmam os investigadores.

As formigas, elas continuam, conseguem realizar operações aritméticas simples com números pequenos. “Acreditamos que aplicar ideias de teoria da informação e usar sistemas de comunicação natural dos animais altamente sociais pode abrir novos horizontes no estudo da cognição numérica”, defendem.

Os cientistas ainda destacam outros estudos que demonstraram as habilidades matemática de vários animais. Aves são normalmente áses na matemática. Pombos, corvos e os papagaios são particularmente bons em quebra-cabeças relacionados a números. Os primatas não-humanos, tais como os chimpanzés, são ok em matemática, mas perdem feio para as minúsculas formigas.


Fonte: HYPE SCIENCE

Inscrições para Olimpíada Brasileira de Matemática vão até 30 de abril

Professores e alunos interessados em participar da 33ª Olimpíada Brasileira de Matemática (OBM) têm até o dia 30 de abril para se inscrever. A competição, que é realizada desde 1979, é dirigida a estudantes de instituições públicas e particulares, do sexto ao nono ano do ensino fundamental, ensino médio e graduação. 

A olimpíada é um projeto conjunto da Sociedade Brasileira de Matemática (SBM) e do Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), com apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Matemática (INCTMat).  

As escolas interessadas em participar das olimpíadas devem se cadastrar na página do projeto. Instituições de ensino públicas e particulares competem em quatro níveis – o primeiro para alunos do sexto e sétimo anos do fundamental; o segundo para oitavo e nono anos; o terceiro para o ensino médio, e o nível universitário para estudantes de graduação. 

Os resultados serão divulgados em dezembro e os vencedores serão convidados a participar da 15ª Semana Olímpica, evento a ser realizado em janeiro de 2012. Além das medalhas e prêmios, os vencedores participam do processo de seleção para formar as equipes que representam o Brasil nas diversas olimpíadas internacionais de Matemática.

Saiba mais sobre esta edição da Olimpíada de Matemática no site do projeto

Fonte: Portal MEC

DIA NACIONAL DA MATEMÁTICA

Quando é comemorado e quando foi instituido? É comemorado no dia 6 de maio e foi instituído em 2004.

Como foi instituído? 
Pelo projeto de Lei n.  3.482/2004, de autoria da deputada professora Raquel Teixeira. Esse projeto foi aprovado por unanimidade pela Comissão de Educação e Cultura e encontra-se, desde 2008, na Comissão de Constituição e Justiça para homologação final.

Para que instituir um dia nacional para a Matemática? 
A intenção é divulgar a Matemática como área de conhecimento, sua história, suas aplicações no mundo e sua ligação com outras áreas de conhecimento, buscando derrubar o mito de que aprender Matemática é difícil e privilégio de poucos.

Porque foi escolhido o dia 6 de maio? 

Porque coincide com o aniversário de nascimento de Malba Tahan.

Quem foi Malba Tahan? 
Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan ou simplesmente Malba Tahan é o pseudônimo do professor de Matemática Julio César de Mello e Souza. Ele nasceu no Rio de Janeiro, em 1895, e faleceu em 1974, no Recife, aos 79 anos.

O que Malba Tahan fez para merecer essa homenagem?
Malba Tahan escreveu mais de uma centena de livros sobre Matemática Recreativa, Didática da Matemática, História da Matemática e Literatura Infanto-juvenil. 
A centralidade de suas histórias está em aventuras misteriosas, com beduínos, xeiques, vizires, magos, princesas e sultões. 
Entre suas obras está o romance O Homem que Calculava, já traduzido para doze idiomas. Nessa obra pode-se ler sobre as aventuras de Beremis, um árabe que gostava de resolver os problemas cotidianos com soluções matemáticas. É nesse livro que está publicado o problema dos 35 camelos, um dos mais famosos criados pelo autor.
Os números e as propriedades numéricas eram, para Malba Tahan, como seres vivos. Ele dizia que existem números alegres e bem-humorados, frações tristes, multiplicações carrancudas e tabuadas sonolentas.
Como um professor ousado para a época, ele gostava de ir muito além do ensino teórico e expositivo. Por isso, em suas aulas, Tahan elaborava enigmas para iniciar suas explicações. Em seu modo de brincar com as coisas da matemática, dizia que existem números alegres e bem-humorados, frações tristes, multiplicações carrancudas e tabuadas sonolentas, pois, para ele, os números e as propriedades numéricas eram como seres vivos.
Malba Taham criticava duramente professores de matemática. Para ele “o professor de Matemática em geral é um sádico. Ele sente prazer em complicar tudo”. Ele também nunca atribuía notas “zero” nem reprovava seus alunos. Sobre essa postura ele perguntava: “Por que dar zero se há tantos outros números?”.

Por que ele usava o pseudônimo Malba Tahan em vez de seu verdadeiro nome? 
Um jornal havia rejeitado seus contos quando ele os assinou com seu verdadeiro nome. Então ele passou a adotar um nome falso para fingir que era um escritor de outro país. Com seu primeiro nome falso R. S. Slade ele conseguiu publicar uma história no mesmo jornal que já o havia rejeitado. Como a estratégia funcionou, ele decidiu usar sempre um pseudônimo estrangeiro. Mais tarde, escolheu Ali Iezid Izz-Edim Ibn Salim Hank Malba Tahan ou simplesmente, Malba Tahan, pois adorava escrever histórias árabes.

O que se pode aprender com as obras de Malba Tahan?
As obras de Malba Tahan permitem aprender conceitos de Matemática e constatar que a Matemática pode ser uma divertida e desafiante aventura quando estudada de forma dinâmica e criativa. 

Como comemorar a data?
Desde a criação dessa data, instituições de ensino de todo o Brasil aproveitam esse dia para realizar eventos e  divulgar:

  • as contribuições da Matemática como área do conhecimento humano;
  • a História da Matemática e suas aplicações no mundo contemporâneo;
  • as relações entre Matemática e Arte;
  • as contribuições da Matemática como ferramenta para outras ciências.
Acesse
Referências

BIAJOTI, Emeron Donizeti. O dia nacional da matemática. Disponível em: <http://www.profcardy.com/artigos/dia-nacional-da-matematica.php>. Acesso em: 17 mar. 2011.

NOÉ, Marcos. Dia nacional da matemática. Disponível em: <http://www.brasilescola.com/datacomemorativas/dia-nacional-matematica.htm>. Acesso em: 17 mar. 2011.

LISBOA, Marcelo. Dia nacional da matemática. Disponível em: <http://marcelolisboa.wordpress.com/2007/05/06/dia-nacional-da-matematica/>. Acesso em: 17 mar. 2011. 

Site oficial de Malba Taham. <http://www.malbatahan.com.br/>. Acesso em: 17 mar. 2011.

Provinha Brasil de matemática

Ministério vai testar alunos do 2º ano do Ensino Fundamental

Pela primeira vez, 3,3 milhões de crianças matriculadas no 2º ano do Ensino Fundamental em escolas públicas farão provinha nacional de Matemática. Desde 2008, o Ministério da Educação (MEC) aplica a Provinha Brasil com questões apenas de Português. O exame mede o desempenho dos alunos das classes de alfabetização em todo o País.

Cada um dos testes terá 20 perguntas de múltipla escolha, sendo que a prova de Matemática será distribuída em agosto e a de Português, em março. Os exames serão aplicados pelo próprio professor em sala de aula ou pelo coordenador pedagógico definido pela direção da escola.

Para a coordenadora de Ensino Fundamental da Secretaria de Educação Básica do MEC, Edna Borges, a provinha permite avaliar o nível de aprendizado dos alunos no início e no fim do ano letivo. A aplicação pelas escolas não é obrigatória, mas é uma oportunidade de definir novas estratégias para melhorar a qualidade do ensino. O objetivo final é que todas as crianças estejam alfabetizadas aos 8 anos de idade.

Além dos cadernos de questões para os alunos, os professores vão receber cartilhas orientando sobre a aplicação e a correção dos exames. De acordo com a coordenadora do Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb), Mariana Santos, a prova de Matemática já foi realizada, em fase de testes, para estudantes da rede pública nos meses de novembro e dezembro do ano passado. A previsão do ministério é que, em 2012, todas as escolas municipais receberão as duas provas no início do ano e no final do segundo semestre.

Fonte: O DIA ONLINE

As metas do novo Plano Nacional de Educação

por: Mariana Queen
Veja como está o Brasil com relação a algumas metas do PNE 2011-2020:

Educação em tempo integral nas redes públicas

Em 2010, apenas 5,7% das matrículas da rede pública eram nessa modalidade de atendimento. Naquele ano, foram registradas 2.440.594 inscrições de tempo integral nas redes municipais e estaduais em todos os níveis de ensino. Fonte: Censo Escolar 2010

Valorização dos professores

O piso salarial do professor brasileiro – valor mínimo a ser pago ao profissional – é R$ 1.024 para 40 horas/aula semanais. Pesquisa realizada pelo Ibope a pedido da Fundação Victor Civita (FCV) indica que mais de 70% dos professores são motivados a entrar em sala de aula pelo amor à profissão, mas 69% consideram que a carreira é desvalorizada.

50% das crianças de até 3 anos nas creches

Atualmente, 80% das crianças de 0 a 3 anos estão fora das creches. Vale destacar que a meta de atendimento em creches para 50% das crianças de até 3 anos já era prevista no antigo PNE e não conseguiu ser alcançada até 2011. Fonte: Levantamento da Fundação Abrinq baseado em dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) de 2009.

Todos os professores com ensino superior

Quase um terço dos professores da Educação básica das redes pública e particular do Brasil não tem formação adequada. Do total de 1,977 milhão de docentes, 636,8 mil – 32,19% – ensinam sem diploma universitário. “A meta de zerar o número de professores sem formação superior pode levar dez anos”, diz João Carlos Teatini, diretor de Educação básica da Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior). Fonte:Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) – estudo de 2009.

Alfabetização de todas as crianças com até 8 anos de idade e erradicação do analfabetismo

A proporção de pessoas que não sabem ler ou escrever no Brasil é maior do que a média registrada na América Latina e no Caribe. Ao todo, 9,6% dos brasileiros com mais de 15 anos são analfabetos, contra 8,3% do total de moradores da região. No ranking de 2010, o Brasil apresenta a sétima maior taxa de analfabetismo entre os 28 países latinoamericanos e caribenhos. Fonte: Anuário Estatístico de 2010 da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal), agência das Nações Unidas (ONU).

Negros e não negros com a mesma escolaridade média

No quesito cor/raça, observa-se que os negros têm menos 1,7 ano de estudo, em média, do que os brancos e representam 13,4% dos analfabetos brasileiros, frente aos 5,9% de analfabetos brancos. Fonte: Análise do PNAD 2009 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) divulgada pelo Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) em 2010.

Mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo

A população mais escolarizada, com mais de 11 anos de estudo, representa mais de 40% da população urbana e apenas 12,8% da população rural. A taxa de analfabetismo para pessoas acima de 15 anos é de 7,5% na zona urbana e de 23,5% na zona rural. Cerca de 73% da população do campo não completou o ensino fundamental. Fonte: Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada ) – pesquisa divulgada em 2010.

Leia abaixo todas as metas do Plano Nacional de Educação, que, segundo Fernando Haddad, “devem ser divulgadas em locais públicos” para que cada cidadão possa acompanhar – e cobrar – a boa execução do PNE 2011-2020.

Meta 1: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar da população de 4 e 5 anos, e ampliar, até 2020, a oferta de educação infantil de forma a atender a 50% da população de até 3 anos.

Meta 2: Criar mecanismos para o acompanhamento individual de cada estudante do ensino fundamental.

Meta 3: Universalizar, até 2016, o atendimento escolar para toda a população de 15 a 17 anos e elevar, até 2020, a taxa líquida de matrículas no ensino médio para 85%, nesta faixa etária

Meta 4: Universalizar, para a população de 4 a 17 anos, o atendimento escolar aos estudantes com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação na rede regular de ensino.

Meta 5: Alfabetizar todas as crianças até, no máximo, os 8 anos de idade.

Meta 6: Oferecer Educação em tempo integral em 50% das escolas públicas de educação básica.

Meta 7: Atingir as médias nacionais para o Ideb já previstas no Plano de Desenvolvimento da Educação (PDE)

Meta 8: Elevar a escolaridade média da população de 18 a 24 anos de modo a alcançar mínimo de 12 anos de estudo para as populações do campo, da região de menor escolaridade no país e dos 25% mais pobres, bem como igualar a escolaridade média entre negros e não negros, com vistas à redução da desigualdade educacional.

Meta 9: Elevar a taxa de alfabetização da população com 15 anos ou mais para 93,5% até 2015 e erradicar, até 2020, o analfabetismo absoluto e reduzir em 50% a taxa de analfabetismo funcional.

Meta 10: Oferecer, no mínimo, 25% das matrículas de educação de jovens e adultos na forma integrada à Educação profissional nos anos finais do ensino fundamental e no ensino médio.

Meta 11: Duplicar as matrículas da Educação profissional técnica de nível médio, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 12: Elevar a taxa bruta de matrícula na Educação superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos, assegurando a qualidade da oferta.

Meta 13: Elevar a qualidade da Educação superior pela ampliação da atuação de mestres e doutores nas instituições de Educação superior para 75%, no mínimo, do corpo docente em efetivo exercício, sendo, do total, 35% doutores.

Meta 14: Elevar gradualmente o número de matrículas na pós-graduação stricto sensu de modo a atingir a titulação anual de 60 mil mestres e 25 mil doutores.

Meta 15: Garantir, em regime de colaboração entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os municípios, que todos os professores da Educação básica possuam formação específica de nível superior, obtida em curso de licenciatura na área de conhecimento em que atuam.

Meta 16: Formar 50% dos professores da Educação básica em nível de pós-graduação lato e stricto sensu, garantir a todos formação continuada em sua área de atuação.

Meta 17: Valorizar o magistério público da Educação básica a fim de aproximar o rendimento médio do profissional do magistério com mais de onze anos de escolaridade do rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente.

Meta 18: Assegurar, no prazo de dois anos, a existência de planos de carreira para os profissionais do magistério em todos os sistemas de ensino.

Meta 19: Garantir, mediante lei específica aprovada no âmbito dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, a nomeação comissionada de diretores de escola vinculada a critérios técnicos de mérito e desempenho e à participação da comunidade escolar.

Meta 20: Ampliar progressivamente o investimento público em Educação até atingir, no mínimo, o patamar de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.

O QUE É PROGRESSÃO CONTINUADA?

Saiba as diferenças entre o ensino por séries e por ciclos

 
Perguntas e Respostas: O que é progressão continuada?
Simone Harnik
Da Redação do Todos Pela Educação
A progressão continuada, às vezes confundida com "aprovação automática", vem sendo foco de árduos debates de Educação desde o início dos anos 1980. Com isso, ocupou lugar de destaque nas falas de gestores e até mesmo nas campanhas eleitorais.
No início deste ano, o governo do Estado de São Paulo anunciou que pretende modificar a organização do ensino por ciclos e revisar a implantação da progressão continuada. Mas o que pretende esse sistema? Como foi implantado no Brasil? Conheça um pouco da história de um dos temas mais polêmicos do ensino no País.

O que é progressão continuada?
No Ensino Fundamental, o Brasil possui duas formas básicas de ensino: por séries ou por ciclos. O primeiro tipo pressupõe que cada aluno com desempenho insatisfatório seja reprovado ao final do ano letivo. Já os que dominam o conhecimento esperado devem progredir para a próxima série.
O ensino por ciclos tem outra cara: os estudantes devem obter as habilidades e competências em um ciclo que, em geral, é mais longo do que um ano ou uma série. Como, dentro de um ciclo, normalmente, não está prevista a repetência, mas sim a recuperação dos conteúdos por meio de aulas de reforço, usa-se o termo progressão continuada.

Qual a intenção de dividir o estudo em ciclos e de limitar a repetência?
De acordo com pesquisadores da Educação, os ciclos são uma tentativa de regularizar o fluxo dos alunos ao longo dos anos na escola, superando o fracasso escolar das altas taxas de reprovação. A ideia é fazer com que os estudantes tenham acesso ao ensino sem interrupções ou repetências que criem desânimo ou prejudiquem o aprendizado.

Quando a progressão automática começou a ser implantada?
Há iniciativas de instituir o ensino por ciclos que datam de 1920. A partir dos anos 1980, a temática ganhou destaque nos debates nacionais. Mas foi em 1996, com a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que mais redes de ensino começaram a adotar o ensino por ciclos e a progressão dentro deles.

Quais são os nomes que a progressão continuada já recebeu?
Alguns dos nomes são promoção automática, aprovação automática e avanço progressivo. Alguns trazem uma carga negativa, como "aprovação automática".

Quantas escolas têm progressão continuada?
No País, 25 de cada 100 escolas oferecem o ensino por meio de ciclos, com a progressão continuada dentro deles. No estado de São Paulo, que tem a maior rede de ensino do Brasil, 99 a cada 100 escolas oferecem ensino com ciclos. Em número de matrículas, os ciclos têm quase 12 milhões de estudantes, o que corresponde a 37,8% do total no País, segundo o Censo Escolar 2009.
Não há um modelo único de ensino por ciclos. Diferentes redes estabelecem durações distintas para os ciclos. Algumas até misturam os dois conceitos (ciclos e séries).

A progressão continuada prejudica o aprendizado?
Não. De acordo com artigo do professor Ocimar Munhoz Alavarse, da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (FE-USP), "a repetência é contraindicada, na imensa maioria dos casos, por não resultar em ganho para os que estão repetindo". Em comparações de alunos com as mesmas dificuldades, os que progrediram na escola tiveram vantagens sobre os que repetiram, pois puderam seguir com o mesmo grupo de colegas e recuperar parte das habilidades esperadas.

Por que a progressão continuada e o ensino por ciclos são tão criticados?
Muitas famílias associam os ciclos a uma queda da qualidade do ensino, daí o motivo das críticas. Parte dos professores também acredita que a ferramenta da reprovação é um "incentivo" aos estudantes.
No ambiente acadêmico, embora existam opositores ao sistema de ciclos, há mais defensores. As críticas dos professores universitários e especialistas recaem, principalmente, sobre a forma de implantação do sistema de ciclos – que muitas vezes ocorreu sem a plena participação dos professores de Ensino Médio, sem um projeto pedagógico adequado e sem condições para oferta de recuperação de conteúdos aos alunos.

O que o ensino por ciclos e a progressão continuada precisam para funcionar bem?
O ensino por ciclos depende de condições materiais adequadas nas escolas, de bons profissionais, do acompanhamento das famílias. Alguns elementos são fundamentais para a escola, tais como:
- Uma proposta político-pedagógica adequada para cada escola.
- Clareza sobre o currículo e sobre os conteúdos que cada estudante tem de aprender.
- Engajamento da equipe de professores, com trabalho coletivo e até mesmo mudança das jornadas de trabalho.
- Avaliação do aprendizado dos estudantes e da própria instituição a todo o tempo, para corrigir eventuais falhas.
- Entendimento do processo de aprendizagem de cada aluno.

Quanto pesa um quilo? Cientistas buscam a resposta

LONDRES (AFP) - Quanto pesa um quilo? A pergunta parece simples, mas alguns cientistas continuam buscando a resposta, sem perder a esperança de chegar a um valor constante para o quilograma, independentemente de qualquer objeto físico.
Desde 1889, o quilograma (kg) está baseado em um cilindro composto por 90% de platina e 10% de irídio, fabricado em Londres em 1879 e conservado sob uma redoma de vidro no Escritório de Pesos e Medidas de Sèvres, nas proximidades de Paris.
As medições feitas há mais de 100 anos mostram que o kg 'perdeu peso'. A massa mudou o equivalente a um grão de areia de 0,4 mm de diâmetro.
A mudança foi o suficiente para que os cientistas de todo o mundo estudassem uma definição que passe do objeto físico, como foi feito com o metro, definido agora pela velocidade da luz.
O objetivo é redefinir todas as unidades básicas - massa, distância, tempo, etc - com valores estáveis e universais.
Para o quilograma, os cientistas sugerem o uso da constante de Planck, um valor que tem o nome da física quântica, Max Planck. Complexa para um leigo, a constante de Planck se define com uma fórmula chamada h.
Resta por definir a relação entre o quilo de toda a vida e a constante de Planck. Para isto, várias experiências estão sendo feitas em todo o mundo. Os cientistas utilizam balanças de watt, um aparelho que permite converter a potência mecânica em potência elétrica e vice-versa.
"Nossos experimentos avançam, mas é muito cedo para colocar em prática a nova definição do quilograma", destacou Michael Stock, da Royal Society de Londres.
"Um dos problemas é que vamos precisar de mais balanças de watt do que as que temos para medir de maneira confiável o quilograma quando for aplicada a nova definição", explica.
Para Stock a mudança tem chance razoável de ser aprovada na próxima conferência de pesos e medidas prevista para Paris em 2015.